Na Trilha da História: Tim Maia, homem de extremos que ia da paixão à profunda tristeza

Tim Maia, homem de extremos que ia da paixão à profunda tristeza

Publicado em 15/03/2018 15:16 Por Apresentação Isabela Azevedo - Brasília

Olá, eu sou a Isabela Azevedo e hoje o Na Trilha da História celebra Tim Maia! Há 20 anos, nos deixava a maior voz do soul brasileiro. Nosso convidado é Denilson Monteiro, escritor, autor de várias biografias e pesquisador da biografia do Tim, o livro Vale tudo, o som e a fúria, de autoria de Nelson Motta.

Denilson conta que Sebastião Rodrigues Maia nasceu em 28 de setembro de 1942, no Rio de Janeiro. Cresceu no bairro da Tijuca e, quando criança, entregava as marmitas produzidas pela mãe, o que lhe rendeu até um apelido!

Sonora: “Ele tinha muita raiva de ter que entregar as marmitas e, por onde ele passava, gritavam pra ele: 'Tião Marmiteiro!', e ele respondia com um monte de palavrões..."

Na juventude, era amigo de Erasmos Carlos e montou uma banda com o futuro rei Roberto Carlos: Os Sputnicks!

Sonora: “Eles fizeram um circuito de bailes, mas o Roberto queria alçar uma carreira solo, bateu na porta da TV Tupi e saiu da banda. Saiu depois de uma discussão com o Tim, que tinha uma ciumeira do Roberto, que sempre atraía as menininhas..."

Tim Maia decidiu partir para os Estados Unidos.

Sonora: “Ele começou a falar que ia estudar televisão, mas não tinha curso nenhum. Ele queria conhecer a Meca da música americana."

Nos Estados Unidos, entrou em contato com a black music em ebulição e também entrou em algumas confusões.

Sonora: “Lá ele conheceu a música americana e isso ajudou bastante no novo som que ele ia trazer pro Brasil. Mas ele foi preso por posse de narcóticos e, como era a segunda prisão dele, ele foi deportado."

Depois que foi deportado para o Brasil, viu os antigos amigos fazendo sucesso com o iê-iê-iê. Insistiu na carreira de músico e, quando Roberto Carlos gravou Não Vou ficar, uma música do Tim, a carreira do soulmen brasileiro deslanchou.

Tim era um cara de extremos, ia da alegria à fúria, da paixão à profunda tristeza.

Sonora: “Ele era isso: som, fúria, humor, profunda paixão, era um cara que entrava em brigas sem medir as consequências. Ele sofreu muito por amor. Ele dizia que era formado em curas capilares, unha encravada e sofrência!"

Esta foi a versão reduzida do Na Trilha da História! O episódio completo tem 55 minutos e traz, além da entrevista na íntegra com o pesquisador Denilson Monteiro, alguns dos maiores sucessos de Tim Maia! Para ouvir, acesse: radios.ebc.com.br/natrilhadahistoria. E se você quiser mandar uma mensagem pra gente, nosso e-mail é culturaearte@ebc.com.br. Até semana que vem, pessoal!

Na Trilha da História: Apresenta temas da história do Brasil e do mundo de forma descontraída, privilegiando a participação de pesquisadores e testemunhas de importantes acontecimentos. Os episódios são marcados por curiosidades raramente ensinadas em sala de aula. É publicado semanalmente. Acesse aqui as edições anteriores.

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