Virada Cultural em SP termina sem grandes registros de violência

Virada Cultural em SP termina sem grandes registros de violência

Publicado em 21/05/2018 11:30 Por Eliane Gonçalves - São Paulo

A Virada Cultural, a já tradicional maratona de 24 horas de atividades artísticas, marcou o final de semana em São Paulo. Milhões de pessoas puderam escolher entre palcos ou espetáculos de rua espalhados por toda a cidade. Este ano um parque de diversões no Vale do Anhangabaú atraiu a criançada.


Gabriel de 6 anos não ligou esperar mais de 30 minutos na fila para entrar no carrinho bate-bate.


“Eu tô muito ansioso porque eu nunca andei no carrinho de bate-bate, é a primeira vez que eu tô andando.”


O parque de diversões, que funcionou por 24 horas, atraiu crianças de todas as idades, incluindo as vítimas do desmoronamento no Largo do Paissandu. Michele Quirino, que há 20 dias mora numa das barracas instaladas no Largo, passou o dia atrás dos filhos.


“Brinquedo de graça aqui, eles liberaram de graça para as crianças. Tem carrinho de bate-bate, roda a roda, chapéu mexicano, cavalinho, esses brinquedos, naturalmente, são pagos e hoje eles deram de graça.”


Quem saiu de perto dos brinquedos conseguiu ver balé clássico ao ritmo dos tambores das percussionistas do bloco afro Ilú Obá de Min, na coreografia de Débora Veneziani.


“A rua é clássica, era para ser balé clássico aí eu pensei: o que é clássico no Brasil, o que é a percussão é a África, isso é o Brasil né?”


As atrações mais disputadas estavam nos palcos. Elza Soares, na madrugada; Rincon Sapiência, no encerramento; Caetano Veloso, na abertura, com direito a críticas ao projeto de lei que propõe facilidades ao uso de agrotóxicos no país ou o uso de bombas contra dependentes químicos na Cracolândia.


O ativista Rafael Escobar, da Craco Resiste, conversou com artistas para lembrar do problema.


“Essa Virada Cultural marca um ano dessa ação policial e a gente, da Craco Resiste, convidou alguns artistas a usarem a camiseta da Craco Resiste no show, para marcar essa ação.”


Além das atrações no centro da cidade, também foram montados grandes palcos em outras regiões como a Arena Corinthians, na zona leste, ou a Chácara do Jockey, na zona oeste.


Já a estratégia de levar pessoas para locais mais isolados, como o Autódromo de Interlagos ou Sambódromo do Anhembi, foi abandonada pela prefeitura, este ano.


A virada terminou sem grandes registros de violência. Mas atos de vandalismos foram registrados, como viaturas da Polícia Militar e delegacias de polícia que foram completamente pichadas.

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