Carnaval do Rio: saiba como foi a segunda noite de desfiles do Grupo Especial na Sapucaí

Saiba como foi a segunda noite de desfiles do Grupo Especial

Publicado em 05/03/2019 17:39 Por Ícaro Matos - Rio de Janeiro

A São Clemente abriu o segundo dia de desfiles das escolas de samba do Grupo Especial do Rio de Janeiro com uma viagem ao passado.  A agremiação fez uma releitura do enredo  "E o samba sambou", de 1990, ano em que ficou em sexto lugar e obteve o melhor resultado de sua história. Com uma pegada bastante crítica, a São Clemente tratou da comercialização dos desfiles, mostrando que o carnaval estaria se afastando de suas origens.

A agremiação também falou das polêmicas com a prefeitura do Rio, lembrando dos cortes de verba para as escolas de samba. Outro destaque foi a comissão de frente, que representou a virada de mesa que salvou a Grande Rio e o Império Serrano da queda para a Série A no ano passado.

Em seguida, a Vila Isabel veio para a avenida e fez um carnaval muito luxuoso para contar a história de Petrópolis, cidade da região serrana do Rio, fundada por Dom Pedro II. A escola também impressionou pelo tamanho dos carros alegóricos e, no final do desfile, ainda fez uma homenagem à vereadora Marielle Franco.

A Vila Isabel empolgou as arquibancadas e chegou a arrancar gritos de é campeã, mas a agremiação estourou em um minuto o tempo do desfile e deve receber uma punição, o que pode prejudica-la na luta pelo título.

A Portela foi a terceira escola a entrar na avenida homenageando a cantora, e portelense, Clara Nunes. A tradicional azul e branca de Madureira, maior campeã do carnaval do Rio, apostou no talento da carnavalesca Rosa Magalhães, responsável pelas cerimônias de abertura e encerramento do Pan-americano de 2007 e da Olimpíada de 2016, para levantar seu 23º título. A escola conseguiu animar bastante o público e fez um desfile sem erros, e tem chances de ficar entre as primeiras colocadas do carnaval de 2019.

Já a Ilha do Governador veio para o sambódromo com um enredo sobre o Ceará. A escola usou as obras dos escritores José de Alencar e Rachel de Queiroz para exaltar as belezas e contar a história do estado. O destaque foi para a comissão de frente, que trouxe um Padre Cícero voador.

A Paraíso do Tuiuti apostou mais uma vez na crítica política e social, que rendeu à escola o vice-campeonato no ano passado. Assim como a Ilha, a Tuiuti usou um elemento do Ceará como mote para seu enredo. A partir da história do bode Ioiô, animal que foi eleito vereador em Fortaleza nos anos de 1920, a escola fez uma sátira à situação política do país hoje. O desfile empolgou as arquibancadas, mas a escola teve problemas técnicos em dois carros alegóricos, o que atrapalhou a evolução na avenida.

Quem também veio com um tema politizado foi a Estação Primeira de Mangueira. Com o enredo "História para ninar gente grande", a escola falou personagens populares, negros e índios, que realizaram feitos importantes e não tiveram o devido destaque na história. A agremiação, que também fez uma homenagem vereadora Marielle Franco, contagiou o público no sambódromo e fez um desfile sem erros técnicos, despontando como uma das favoritas ao título.

A Mocidade Independente de Padre Miguel encerrou os desfiles do grupo especial do Rio em 2019 falando sobre a passagem do tempo. Com o enredo "Eu sou o Tempo, Tempo é Vida”, a escola tratou da relação do homem com o tempo ao longo da história.

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