Brasília 60 Anos: Lago Paranoá, hoje do surfe à pesca, tem uma história submersa

Lago Paranoá, hoje do surfe à pesca, tem uma história submersa

Publicado em 11/02/2020 19:31 Por Victor Ribeiro - Brasília

Cerca de mil fazendas que existiam no local onde um dia seria o Distrito Federal (DF) tiveram de ser total ou parcialmente desapropriadas. Uma delas era a Paranauá ou Paranoá que emprestou o nome àquela que, em 1957, era a Vila Paranoá e, sete anos depois, se tornou a sétima região administrativa do DF, o Paranoá.

Mas a gente sabe que o lago, que leva o mesmo nome, é ainda mais conhecido que a cidade. Virou até música.

“Paranoá” é uma palavra de origem tupi e significa “enseada de mar”. O DF tem a quarta maior frota náutica do país, com mais de 50 mil embarcações. A pesca no lago é autorizada e, de lá, tiramos tilápias, lambaris, traíras e outros peixes.

O lago também dá lugar à prática de muitos esportes, como surfe, mergulho e vela. E, como se não bastasse, é um enorme reservatório de água que pode ser usado para abastecimento em caso de emergência, além de  deixar o clima do cerrado menos seco.

Não foi à toa que a construção de um lago artificial em torno da nova capital já estava prevista no primeiro relatório da Missão Cruls, em 1894.

O pesquisador João Carlos Amador conta que demorou mais de um ano para que a água ocupasse os 48 quilômetros quadrados do lago.

Você ouviu? Tinha gente que morava no local que foi inundado para dar lugar ao Lago Paranoá.

Isso era muito comum. Quando os operários chegavam para construir Brasília não tinham onde morar. Muitos iam para Cidade Livre, onde hoje é o Núcleo Bandeirante.

Outros montavam acampamento perto do canteiro de obras. Um desses acampamentos era a Vila Amaury. Hoje, os barracos e outras estruturas que faziam parte do povoado estão no fundo do Lago Paranoá.

O pesquisador João Carlos Amador conta qual foi o destino das pessoas que moravam lá.

E tem uma caça ao tesouro, na busca por um cemitério de veículos que também teria ficado submerso próximo ao Iate Clube e ao Grupamento dos Fuzileiros Navais. Você se arrisca a procurar?

Na reportagem de amanhã… Terminam as obras. É hora de inaugurar a capital do futuro.

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