Deputados vão ao Pará acompanhar investigação de mortes de trabalhadores

Deputados vão ao Pará acompanhar investigação de mortes de trabalhadores rurais

Publicado em 26/05/2017 00:46 Por Maíra Heinen - Brasília

Representantes da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados vão ao Pará nesta sexta-feira (26) para averiguar violação de direitos humanos na ação policial que matou DEZ trabalhadores rurais no município de Pau d’Arco.

Segundo informações da CPT – a Comissão Pastoral da Terra - dez posseiros, entre eles uma mulher, foram assassinados durante uma ação conjunta das polícias militar e civil em um acampamento na Fazenda Santa Lúcia.

Nessa quinta-feira (25), representantes dos Ministérios Públicos Federal e Estadual e da Ordem dos Advogados do Brasil se reuniram com familiares das vítimas, que pedem celeridade nas investigações.

A Promotora de Justiça Agrária do Ministério Público do Pará, Ione Nakamura, explicou que a Fazenda Santa Lúcia é uma área bastante conflituosa, com ações de reintegração de posse e onde crimes como homicídio e tentativa de homicídio são investigados. Segundo ela, o MP também analisa modificação da cena do crime.

Sonora: A cena do crime é muito importante pra se apurar as responsabilidades e o que aconteceu naquele momento. E o que aconteceu naquele momento é que os corpos foram retirados do local e que foram encaminhados para o hospital. E isso possivelmente vai ser apurando também, vai ser investigado pelos promotores que estão acompanhando a situação.

Em nota, a Secretaria de Estado de Segurança Pública afirmou que “os policiais foram recebidos a tiros por um grupo fortemente armado, que já vinha sendo investigado por diversas ocorrências”. Nenhum policial ficou ferido.

Também por nota, a Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar do Pará, disse que matar sem terras é uma das políticas sociais adotadas pelo governo do estado para solucionar os conflitos agrários.

O presidente da Ordem dos Advogados no Pará, Alberto Campos, anunciou que a instituição solicitará o afastamento dos policiais militares que participaram da operação.

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