ONG denuncia violência contra ativistas rurais e líderes indígenas no Brasil
ONG denuncia violência contra ativistas rurais e líderes indígenas no Brasil
Publicado em 18/01/2018 17:46 Por Graziele Bezerra - Brasília
A violência contra ativistas rurais e líderes indígenas envolvidos em conflitos de terra é crescente no Brasil, segundo relatório da Human Rights Watch, divulgado hoje.
Em 2016, 61 pessoas envolvidas em conflitos de terra foram mortas de forma violenta. Esse é o maior número anual desde 2003. E de janeiro a outubro de 2017, foram 64 assassinatos, de acordo com a Comissão Pastoral da Terra.
O relatório cita a morte de nove trabalhadores rurais, em abril, no estado de Mato Grosso. Promotores afirmaram que um madeireiro ordenou os crimes para expulsá-los da terra.
Ainda de acordo com o documento, promotores também investigam denúncias de que garimpeiros mataram pelo menos 10 indígenas em uma região remota da Amazônia em agosto.
Segundo a ONG, alterações na legislação brasileira podem contribuir com essa violência. O relatório cita uma lei federal aprovada em julho que concedia títulos a pessoas que, de forma ilegal, ocupavam terras na floresta amazônica.
Também lembra da CPI, a Comissão Parlamentar de Inquérito, que em maio pediu o indiciamento de 67 líderes indígenas, antropólogos, servidores públicos e membros de ONGs que defendem os direitos indígenas por supostas fraudes, invasão de terras e associação criminosa.
O relatório também avalia que a morte de 10 produtores rurais, em maio do ano passado, no Pará, foram resultado do mau uso da força policial.
E relata ainda a intensa migração de venezuelanos para o Brasil. Em 2016, a Polícia Federal registrou mais de 35 mil pedidos de refúgio desses estrangeiros.
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