Seis em cada dez crianças brasileiras vivem em situação de pobreza, alerta Unicef

Seis em cada dez crianças brasileiras vivem na pobreza

Publicado em 14/08/2018 19:20 Por Sayonara Moreno - Brasília

Trinta e dois milhões de crianças brasileiras vivem na pobreza. É o que aponta o Unicef, Fundo das Nações Unidas para a Infância e Adolescência, que divulgou, nesta terça-feira (14), o estudo inédito Pobreza na Infância e na Adolescência.

O número equivale a 6 em cada 10 crianças vivendo na pobreza, no Brasil.

A representante do Unicef no Brasil, Florence Bauer, explica a amplitude do estudo, que classifica a pobreza em seis fatores, além da questão financeira.

Fábio Paes, assessor de incidência política da entidade de defesa das crianças, Aldeias Infantis, considera os números alarmantes.

O que mais afeita a maioria é a falta de saneamento básico. Direito que é negligenciado para uma em cada quatro crianças. A situação é pior na região Norte, onde o problema atinge quase 45% delas.

Em seguida, o acesso à educação, que afeta quase nove milhões de crianças e adolescentes. Depois faltam água, informação, moradia digna e o grupo é submetido, também, ao trabalho infantil.

Para Fábio Paes, os problemas refletem uma série de outros, ligados a políticas públicas.

Florence Bauer, do Unicef, argumenta que, para a situação ser revertida, é preciso priorizar crianças e adolescentes em qualquer governo.

Para ela, a qualidade de vida dessa população interfere, inclusive, na economia do país.

Ao analisar grupos específicos, o estudo revela que a pobreza atinge mais os adolescentes que as crianças, mais os negros que os brancos, mais os da zona rural que os das cidades e muito mais nas regiões Norte e Nordeste, que no restante do país.

Legislação brasileira, faixa etária e os dados disponíveis na Pnad, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, são critérios do documento.

Por ser inédito, ele ainda não pode apontar se a situação melhorou ou piorou, no país.

Procurado pela Rádio Nacional para comentar os números, até o fechamento desta reportagem, o Ministério do Desenvolvimento Social não se manifestou.

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