Campanha alerta para situação de risco de ativistas e cobra esclarecimento do caso Marielle

Campanha cobra proteção para ativistas e esclarecimento do caso Marielle

Publicado em 10/10/2018 18:00 Por Raquel Júnia - Rio de Janeiro

A Anistia Internacional lançou nesta quarta-feira uma campanha mundial para chamar a atenção sobre casos de mulheres ativistas de direitos humanos que tem a vida ameaçada por suas atuações.

Esta edição da campanha Escreva por Direitos traz dez casos nos quais as mulheres sofrem discriminação, intimidação e violência como forma de coerção da sua atuação política.// Entre eles, está o caso da vereadora do Rio, Marielle Franco, cujo assassinato completa 7 meses no próximo dia 14.

Além da parlamentar, outras oito situações são de mulheres ativistas da Ucrânia, Marrocos, Venezuela, África do Sul, Quirguistão, Irã, Índia, Vietnã, e um caso de uma comunidade no Quênia, ameaçada de expulsão de suas terras ancentrais.

Com exceção de Marielle, as outras mulheres em destaque neste ano continuam atuando em situação de risco.


A diretora executiva da Anistia Internacional no Brasil, Jurema Werneck, destaca que a ação se soma às outras por justiça para Marielle e Anderson.



Presentes na coletiva de lançamento da Campanha, os pais de Marielle Franco, Marinete da Silva e Antônio Francisco, demonstraram mais uma vez esperança de que a iniciativa ajude a pressionar pelo esclarecimento da morte da vereadora.

O pai de Marielle pontuou ainda a preocupação com os resultados das eleições. Embora não tenha citado nomes, ele mencionou candidatos eleitos com posturas violentas na contramão do que defendia a vereadora do Psol.



A campanha vai até o dia 8 de março de 2019, Dia internacional das mulheres, e a proposta é de que diversos tipos de atividades educativas, além da tradicional escrita de cartas para cobrar proteção a essas mulheres, sejam desenvolvidas.

Os eventos realizados em todas as partes do mundo serão registrados na plataforma escrevapordireitos.anistia.org.br. Por lá é possível também escrever as cartas tanto pressionando as autoridades, quanto para as ativistas em solidariedade às suas lutas .

A anistia vai disponibilizar na internet um guia de atividades para educação em direitos humanos com informações sobre os casos para fomentar as iniciativas nas escolas.

A Campanha Escreva por Direitos começou em 2001, quando um pequeno grupo de ativistas da Anistia Internacional na Polônia decidiu apostar quem escreveria o maior número de cartas pela libertação de pessoas presas injustamente em diversos países. É a primeira vez que uma brasileira é incluída na Campanha.

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