Acnur defende preservação de políticas de acolhimento para venezuelanos
Acnur defende preservar ações de acolhimento a venezuelanos
Publicado em 07/11/2018 10:34 Por Juliana Cezar Nunes - Brasília
Representantes de 40 organizações da sociedade civil estão em Brasília esta semana para o Encontro Nacional da Rede Solidária de Migrantes e Refugiados. O evento é promovido pelo Instituto de Migrações e Direitos Humanos e pela Acnur, a Agência da ONU para Refugiados. O principal foco dos debates é a situação dos migrantes venezuelanos.
A Acnur e as organizações da sociedade civil querem estabelecer um diálogo com o governo de transição para avaliar e planejar as próximas ações.
Pablo Matos, oficial de relações institucionais da Acnur Boa Vista, afirma que a expectativa é de que as políticas de acolhimento e interiorização tenham continuidade e a parceria do governo com a sociedade civil possa ser ampliada.
"Vale a pena destacar que a resposta do Brasil tem sido colocada como uma boa prática para a região. Uma das lacunas é justamente essa criação de uma política pública para otimizar a integração dessas pessoas à sociedade brasileira."
Ana Paula Santos da Silva, do Ministério do Trabalho e integrante do Conselho Nacional de Migração, fala sobre um dos principais desafios enfrentados pelo governo.
"Avançar nessa interiorização e nessa sensibilização do empresariado, na contratação dos imigrantes. Nós temos muito mais brasileiros que saem do que imigrantes que entram. Então é uma população que a gente consegue, sim, interiorizar e socializar no Brasil."
A irmã Rosita Milesi, do Instituto de Migrações e Direitos Humanos, considera que a Venezuela vive uma crise humanitária e defende que o Brasil se comprometa ainda mais com o acolhimento dos migrantes.
"A transferência para outros estados é um ponto importante, mas eles precisam ser integrados. E para a integração, o acesso às políticas públicas sociais e ao trabalho são elementos fundamentais."
De acordo com dados das Nações Unidas, cerca de 2,6 milhõesl de venezuelanos vivem fora da Venezuela devido à crise política e econômica. O Brasil já recebeu 65 mil solicitações de refúgio e 19 mil de residência temporária.
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