Unesco lança campanha de combate à violência contra jornalistas

Unesco lança campanha de combate à violência contra jornalistas

Publicado em 02/11/2018 23:25 Por Sumaia Villela - Brasília

Para conscientizar a sociedade sobre a violência praticada contra jornalistas, a Unesco, Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura, lançou hoje a campanha Truth Never Dies, que em português significa A Verdade Nunca Morre. O dia 2 de novembro foi instituído pela ONU como o Dia Internacional pelo Fim da Impunidade dos Crimes contra Jornalistas.



De acordo com a Unesco, a cada quatro dias um jornalista é assassinado. Mais de mil profissionais de mídia foram mortos nos últimos 12 anos por causa de sua atividade. E nove em cada dez casos não chegam à Justiça, ou seja, ficam impunes.

Na mensagem da diretora-geral da Unesco, Audrey Azoulay, ela destaca ainda o aumento de ataques e assédio contra jornalistas mulheres. Afirma também que o cuidado para que esses profissionais possam trabalhar em condições de segurança permite a existência de uma imprensa livre e plural. Só assim, diz a diretora, é que seremos capazes de criar sociedades justas, pacíficas e verdadeiramente progressistas.

Em abril, a ONG Repórteres Sem Fronteiras divulgou o Ranking Mundial da Liberdade de Imprensa de 2018, e afirmou que no mundo cresce o ódio ao jornalismo e aos jornalistas. O Brasil foi classificado como um “ambiente de trabalho cada vez mais instável”.

A Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão contabilizou uma morte e 82 casos de violência contra jornalistas no Brasil em 2017, segundo levantamento divulgado em fevereiro.

Organizações também alertaram para a violência contra profissionais de mídia durante as eleições. Nesta semana, a Associação de Correspondentes Estrangeiros (ACE), que reúne jornalistas da imprensa internacional no Brasil, divulgou nota criticando a forma como repórteres foram tratados especialmente nas comemorações feitas depois do anúncio do resultado da eleição presidencial.

A organização pediu que o presidente eleito, Jair Bolsonaro, e demais autoridades se pronunciem e reprovem com firmeza os atos de violência. Na semana anterior, a Associação Brasileira de Jornalistas Investigativos divulgou levantamento em que documentou mais de 140 casos de ameaça e violência contra jornalistas durante as eleições

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