A violência sexual contra crianças e adolescentes corresponde a 11% dos 159 mil registros feitos pelo Disque Direitos Humanos ao longo de 2019, o chamado Disque 100. Foram 17 mil ocorrências; e, em comparação a 2018, houve queda de 0,3%.

Os dados foram apresentados pelo Ministério da Mulher, da Família e Direitos Humanos nesta segunda-feira (18), Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes.

A Ouvidoria do Ministério apontou que, em 73% dos casos, o abuso sexual ocorre na casa da própria vítima ou do suspeito; e é cometido por pai ou padrasto em 40% das denúncias. O suspeito é do sexo masculino em 87% dos registros.

O ouvidor nacional de Direitos Humanos, Fernando César Ferreira, apresentou ainda um gráfico sobre denúncias feitas nos quatro primeiros meses de 2020 e que mostra uma queda dos números no mês de abril.

A ministra Damares Alves apontou preocupação para o período pós pandemia.

O secretário Nacional de Direitos Humanos da Criança e Adolescente, Maurício Cunha, informou que a pasta está em contato com uma associação de universidades particulares para a requisição de psicólogos voluntários que possam trabalhar na identificação da violência sexual contra crianças e adolescentes no retorno às aulas, no período pós isolamento.

O ministério também anunciou que até o final do mês um número de Whatsapp será divulgado como novo canal de denúncias contra violações de direitos humanos.