Trocando em Miúdo: Baiana do acarajé trabalha que só, mas ainda não é considerada uma profissão

Baiana do acarajé trabalha que só, mas ainda não é considerada uma profissão

Publicado em 23/06/2017 16:32 Por Apresentação Eduardo Mamcasz - Brasília

Axé, prezada pessoa ouvinte e cidadã.


Quem já não ouviu falar, ou melhor, não experimentou, um acarajé nesta vida? Mas, agora, pergunto. Alguma vez você perguntou 'tudo bem' para a baiana do acarajé? O produto é patrimônio cultural e material. E ela? Por exemplo. Tem a profissão reconhecida? Vamos nessa.


Quem está aqui é a Rita Santos. Ela é a coordenadora da Associação Nacional das Baianas do Acarajé. Uma profissão, se é que podemos chamar assim, ou uma ocupação, com certeza, que existe há mais de 300 anos, desde os tempos em que a escrava tinha permissão para montar a banca na rua e vender o abará e, com ele, comprar a liberdade. A primeira mulher empreendedora da nossa história.

Obrigado, Dorival Caymmi e Carmem Miranda, mas vamos em frente. A prosa de hoje é a seguinte. Finalmente está para ser assinada a CBO. Que é isso? Classificação Brasileira de Ocupação, no caso, incluindo a baiana do acarajé. Com isso, ela pode, por exemplo, ter um MEI. E o que é isso? Microempreendedor Individual. Com os devidos direitos e assistência. Mas acontece o que? 

Rita Santos, coordenadora da Associação Nacional das Baianas do Acarajé. Com a ocupação reconhecida, ajuda em que?

Até porque tudo pareça lindo, divino e maravilhoso, a baiana do acarajé rala muito e tem vários problemas de saúde.

Obrigado, Gal. Mas Rita Santos. Agora, finalmente, está para sair a classificação de ocupação da baiana do acarajé. O que tem que ficar escrito nesta tal de CBO?

Mas, pelo previsto, tem que ter pelo menos cinco anos de experiência. Tá certo isso?

Mais uma prosa. A baiana não é, mas o acarajé já é patrimônio de uma porção de coisas, né?

Vontade é continuar esta prosa mais um tempo. Mas tem duas coisas. Uma, Rita Santos. Posso perguntar uma coisa? Só se fala em BAIANA do acarajé. Homem não pode não? Não tem um BAIANO do acarajé?

E só para terminar a prosa. Eu gosto de acarajé quente. Mas não é da pimenta não. Quentinho mesmo, saindo da fritura.

Então, tá. Inté e axé mesmo.

Trocando em Miúdo: Quadro do programa "Em Conta", da Rádio Nacional da Amazônia. Aborda temas relacionados a economia e finanças, traduzidos para o cotidiano do cidadão. É distribuído em formato de programete, de segunda a sexta-feira, pela Radioagência Nacional. Acesse aqui as edições anteriores.

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