Entidades se mobilizam contra possível corte no orçamento da Capes; medida está prevista para 2019

Entidades se mobilizam contra possível corte no orçamento da Capes

Publicado em 04/08/2018 00:06 Por Victor Ribeiro - Brasília

Representantes das comunidades científica e acadêmica se mobilizam contra a possibilidade de corte no orçamento da Capes, Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, prevista para o ano que vem. A medida vai provocar a suspensão do pagamento de bolsas a partir de agosto de 2019.

De acordo com o Conselho Superior da Capes, o corte prejudica diretamente 105 mil professores inscritos nos programas de Iniciação à Docência, Residência Pedagógica e Formação de Professores da Educação Básica. Outros 93 mil estudantes de pós-graduação também serão afetados.

É o caso de Aline Carvalho, que faz doutorado em psicossociologia na Universidade Federal do Rio de Janeiro. Ela pesquisa novas formas de fazer política, para que os jovens voltem a se interessar pelo assunto. E comenta as consequências do corte no seu trabalho.

Mais de 30 entidades divulgaram uma carta aberta proposta pela SBPC, Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, endereçada ao presidente Michel Temer e aos Ministérios da Educação, de Ciência e Tecnologia, do Planejamento e da Fazenda.

No documento, o grupo defende a proposta já aprovada pelo Congresso Nacional na Lei de Diretrizes Orçamentárias, que determinava a manutenção de todas as bolsas, com a reposição da inflação acumulada no período. E destaca que a Constituição atribui ao Estado o dever de tratar como prioridade o desenvolvimento científico e tecnológico.

Já o Semesp, que representa instituições de ensino superior de todo o país, classificou como “retrocesso inadmissível” o corte no orçamento da Capes. E alertou que a medida pode prejudicar – direta e indiretamente – mais de 400 mil estudantes.

As pessoas que devem ser afetadas usam as hashtags existe pesquisa no Brasil e minha pesquisa Capes para comentar, nas redes sociais, a relevância de seus trabalhos.

A partir da política de limitar a despesa pública, instituída pela lei do teto de gastos, o Ministério do Planejamento apresentou à Capes e ao Ministério da Educação uma proposta de redução de 12% no orçamento para o ano que vem. A Capes informou que o corte deve impedir o pagamento das bolsas a partir do dia 1º de agosto do ano que vem.

* Título alterado às 21h06

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