Polícia civil do Rio faz operação contra lavagem de dinheiro em escola de samba

Polícia faz operação contra lavagem de dinheiro em escola de samba

Publicado em 06/12/2018 20:55 Por Lígia Souto - Rio de Janeiro

Uma operação da Polícia Civil cumpriu nesta quinta-feira 11 mandados de busca e apreensão contra integrantes da escola de samba Acadêmicos do Grande Rio, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.


Os agentes investigam, junto com integrantes do Ministério Público do Rio de Janeiro, um grupo suspeito de atuar na exploração ilegal de jogos ali na região e também na prática de lavagem de dinheiro.

Segundo a Polícia Civil, os alvos da operação são o presidente de honra da Grande Rio, Antônio Jaider Soares da Silva, e mais quatro suspeitos, Leandro Jaider Soares da Silva, Dagoberto Alves Lourenço, Paulo Henrique Melo Rufino e Yuri Reis Soares.


Além da busca e apreensão, foi determinado o bloqueio e sequestro de bens dos investigados no valor de R$ 20 milhões.

As equipes fizeram buscas na quadra da Escola de Samba Grande Rio, em Duque de Caxias, e no barracão da agremiação, na Cidade do Samba, no centro do Rio de Janeiro.

De acordo com as investigações, Antônio Jaider é apontado como chefe da organização criminosa, sendo responsável por controlar a exploração de jogos de azar em Duque de Caxias. Ele também figura como sócio de empresas ao lado do filho, Yuri Soares Reis, e do sobrinho, Leandro Jaider Soares da Silva.

Os dois são investigados como braços operacionais da quadrilha na operação de lavagem de capitais e no controle financeiro da organização.

Dagoberto Alves Lourenço é citado como homem de confiança de Antônio e Leandro Jaider. Segundo a Polícia, seria dele a responsabilidade pelas operações nas contas bancárias relacionadas às empresas e à escola de samba.

Paulo Henrique Melo Rufino é apontado como laranja do grupo e responsável pela lavagem de capitais das contravenções penais de jogo do bicho e jogo de azar.

A investigação policial constatou a existência de várias operações financeiras suspeitas superiores a R$ 100 mil em espécie envolvendo os indiciados, além de uma série de operações imobiliárias para lavar dinheiro da contravenção.

A reportagem tentou contato com a assessoria da escola de samba Acadêmicos do Grande Rio, mas não obteve retorno.

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