Grupo de trabalho analisa adoção de aparelho para fazer teste antidrogas em motoristas

Grupo de trabalho analisa adoção de aparelho para fazer teste antidrogas em motoristas

Publicado em 16/06/2019 18:12 Por Anna Luisa Praser - Brasília

Vem novidade por aí nas fiscalizações de trânsito. Um grupo de trabalho iniciado em abril desse ano, pretende colocar em prática, nos próximos 12 meses, as fiscalizações com o drogômetro, um aparelho que consegue identificar a presença de drogas ilícitas no corpo dos condutores.

O secretário nacional de Políticas sobre Drogas, Luiz Roberto Beggiora, detalhou como vai funcionar o exame. Segundo ele, será parecido com o bafômetro.

Um projeto-piloto foi realizado no Rio Grande do Sul entre os anos de 2015 e 2017, com motoristas que se voluntariavam durante blitzen realizadas no estado.

Os resultados desses experimentos foram apresentados em 2018 e mostraram que em torno de 20% dos avaliados estavam sob o efeito de drogas.

Agora, já no segundo semestre deste ano, um teste mais amplo será aplicado a nível nacional, em cinco cidades. Mas, dessa vez, as condições serão diferentes, já que os motoristas parados nas blitzen serão intimados a fazer os exames.

O projeto-piloto também dará uma atenção especial às rodovias. Um dos focos, durante as fiscalizações, será o rebite – uma substância muito utilizada por caminhoneiros, como explica o Luiz Roberto Beggiora.

A partir desses testes é que vão começar a ser produzidos dados específicos de quantos motoristas estavam sob efeito de drogas lícitas e ilícitas.

Paralelamente a isso, serão feitas pesquisas com relação a mortes no trânsito provocadas por acidentes.

Nessa fase do grupo de trabalhos, eles estão conhecendo os equipamentos existentes capazes de fazer essas verificações. A ideia é que os fabricantes cedam alguns modelos para serem usados nas fases de teste. O que tiver melhor desempenho dentro dos parâmetros propostos será adquirido pelo governo federal.

A expectativa é de que, dentro de um ano, o drogômetro esteja pronto para ser efetivamente usado nas blitzes, caso seja confirmada a viabilidade dessa ferramenta durante as fiscalizações. 

Ainda será definido limite máximo de drogas que poderão constar nos exames e as sanções que serão aplicadas. Mas, inicialmente, a punição será a mesma para quem for flagrado dirigindo bêbado - multa, suspensão da carteira de motorista por 12 meses, apreensão do veículo e até detenção do condutor.

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