Segurança do Metrô de São Paulo tem 12 funcionários com Covid-19 afastados, segundo sindicato

Segurança do Metrô tem 12 funcionários com Covid-19 afastados

Publicado em 04/06/2020 12:40 Por Eliane Gonçalves - São Paulo

Casos de coronavírus reduzem equipe de setor responsável pela segurança do Metrô de São Paulo.

Segundo o levantamento feito pelo Sindicato dos Metroviários 12 pessoas tiveram que ser afastadas do CCO, o Centro de Controle Operacional do metrô, por que testaram positivo para o coronavírus.

O número representa mais de 15% dos funcionários do local que é chamado de o cérebro do Metrô.

Nós tentamos falar com funcionários da área para explicar como funciona o CCO, mas por medo de represália, ninguém concordou em dar entrevista. No entanto, num vídeo institucional do próprio Metrô, disponível na internet, um funcionário explica o que acontece no centro de controle.

O trabalho é feito em uma sala fechada, sem contato com o público. Pelo vídeo na internet, é possível ver que as paredes e mesas trazem duas longas fileiras de monitores com as imagens em tempo real de tudo o que acontece no sistema inteiro.

Uma tarefa que exige atenção, mas com o afastamento dos funcionários o trabalho que era feito por seis equipes que se revezavam em escalas passou a ser feito por cinco.

Para Camila Lisboa, diretora do sindicato, a substituição desses funcionários não é simples e poderia ter sido evitada com testagem.

Sem os testes não é possível saber se existem outros funcionários infectados mas que não apresentam sintomas.

O Metro não informa quantos funcionários foram afastados em todo o sistema em função da pandemia. Segundo o levantamento do sindicato, ao todo, foram 199 pessoas, entre casos confirmados, suspeitos e pessoas que tiveram contato com doentes.

Questionada sobre os riscos que o afastamento de funcionários do Centro de Controle pode trazer para os usuários, a Secretaria de Transportes Metropolitanos do governo do estado afirmou que o Metrô fornece todo o suporte necessário para que seus colaboradores trabalhem de maneira segura, e que os funcionários em grupos de risco estão trabalhando em home office.

No entanto, segundo o sindicato, no começo da semana, a direção da empresa convocou todos os funcionários com mais de 60 anos que estavam afastados do trabalho. Só vão ficar à distância os que tem mais mais de 60 anos e apresentam comorbidades.

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