Alemanha terá eleições no próximo domingo (24), e a atual chanceler, Angela Merkel, segue como favorita nas pesquisas e pode assumir seu quarto mandato.

Sondagem mostrou que 34% dos eleitores devem se abster de votar. Para muitos alemães a reeleição de Merkel já é certa. Talvez, por isso, é que o número de pessoas que não pretendem votar seja tão grande.

Com medo de que uma alta taxa de abstenção venha favorecer o partido de extrema-direita AfD, Angela Merkel e Martin Schulz, seu principal adversário, apelaram para que a população vá em peso às urnas. O partido de Merkel, o CDU, tem 37% das intenções de voto, enquanto o SPD, de Schulz, tem 22%.

O partido de extrema-direita, AfD, tem cerca de 10% de votos e vem recebendo inúmeras críticas por seus militantes se mostrarem simpáticos ao nazismo e ao uso da violência. Alexander Gauland, um dos fundadores do partido, é uma figura polêmica e já declarou, por exemplo, que os alemães deveriam “poder ter orgulho” do que o seu exército fez nas duas guerras mundiais. 

Como o posicionamento dos dois principais candidatos, Merkel e Schulz, é muito semelhante em relação a diversos assuntos, acredita-se que, após as eleições de domingo, conservadores e sociais democratas possam voltar a governar na chamada “grande coligação”. Os partidos já estiveram coligados duas vezes sob a administração de Merkel.

Estima-se que, nestas eleições, 61 milhões de pessoas devem votar, 3 milhões pela primeira vez. Mais de um terço dos eleitores, 22 milhões, tem mais de 60 anos.