O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, mudou as regras para manter famílias unidas, mas crianças já separadas dos pais em abrigos não serão beneficiadas.

Depois da pressão interna e internacional, Donald Trump cedeu e assinou nessa quarta-feira (20) uma ordem executiva que interrompe a separação familiar, em caso de imigração ilegal.

Ao assinar o decreto, disse que estava tomando uma atitude que nenhum outro presidente havia tomado. Mas nenhum outro presidente aplicou a Lei para Imigrantes Ilegais que cruzam a fronteira tão ao pé da letra.

Ele disse que a política de “tolerância zero” está mantida, só que agora as familias serão detidas unidas. Somente casos de imigrantes com passado criminal serão encaminhados à prisões e as crianças, aos abrigos.

O número de crianças de nacionalidade brasileira foi revelado, com exclusividade, pela Agência Brasil e Rádio Nacional. Entre elas, 49 crianças brasileiras se encontram em abrigos.

O novo posicionamento de Trump não beneficia quem já está em abrigos, porque não altera a situação de cerca de 2,3 mil crianças já separadas dos pais, detidos na fronteira pela entrada ilegal no país.

A advogada de Imigração da Flórida, Luciane Tavares, explica a mudança.

Outro ponto que não está claro é como o governo cumprirá o prazo de 20 dias de detenção de crianças, o tempo máximo que uma criança pode ficar detida, uma orientação da Suprema Corte, de 1997.

O decreto também não detalha como fazer para colocar as famílias juntas, já que os abrigos para crianças estão superlotados. Trump disse que o Congresso terá que definir alguns pontos.