Participação de trans nas eleições legislativas dos EUA é a maior da história

Participação de trans nas eleições legislativas dos EUA é recorde

Publicado em 14/08/2018 11:17 Por Leandra Felipe - Atlanta (EUA)

A participação de pessoas transgêneros nas eleições de meio-termo nos Estados Unidos – que acontecem em novembro - já é a maior da história norte-americana.


Pelo menos 43 candidatos apresentaram-se na fase das primárias dos partidos, para vagas em nível municipal, estadual e federal.


Até agora quatro venceram e há ainda pelo menos 22 na disputa para confirmar as candidaturas. O melhor desempenho até então para candidatos transgêneros foi em 2010, quando dez disputaram cargos estaduais e municipais.


A maioria dos candidatos transgênero é independente ou do partido Democrata, de acordo com um levantamento do Instituto de Saúde Pública da Universidade de Harvard.


Entre as candidatas, a democrata Christine Hallquist é uma das mulheres transgênera. Ela disputa a primária do partido para concorrer ao governo de Vermont.


Christine ficou conhecida na imprensa local quando decidiu, há cinco anos, fazer a mudança de gênero. Deixou para trás a antiga identidade: David Hallquist e somente aos 48 anos se assumiu como transgênero para a mulher, os três filhos e funcionários da empresa de uma concessionária de energia do estado, que comandava.


Engenheira de formação, a agora como candidata procurou destacar em sua campanha, a bem sucedida trajetória como executiva e diretora da empresa, que lidera a produção de energia renovável no país.


Em seu programa de governo prometeu igualdade, melhores serviços de educação, saúde e internet de alta velocidade para todos.


A imprensa local americana ouviu analistas que afirmam que a participação de transgêneros nestas eleições é uma reação à política de Donald Trump que tenta limitar os direitos do grupo, desde o início de seu mandato.

Em março, por exemplo, ele assinou um documento que proibiu a participação de transgêneros nas Forças Armadas. A medida causou protestos e polêmica e acabou motivando a participação política.


É o caso da militar Alexandra Chandler. Ela foi a primeira oficial da inteligência do Departamento de Defesa a mudar de gênero na história e agora tenta uma vaga na Câmara de Representantes (Câmara dos Deputados, no Brasil), pelo estado de Massachusetts.


Na campanha, ela conta sua trajetória como militar e analista da inteligência do governo norte-americano. Além disso, explica como decidiu fazer a transição do gênero masculino (biológico) para o feminino, quando estava no Pentágono.


Mãe de dois filhos e casada com uma mulher, ela liderou uma equipe, no Pentágono, de combate ao tráfico de armas de destruição em massa. E afirma ter servido aos Estados Unidos, militarmente, por “amor ao povo americano e ao país.”


As eleições de meio-termo nos Estados Unidos serão realizadas em novembro. Esta campanha também já é a maior da história quanto a participação de mulheres, com o maior número de candidatas a governadora.

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