Iniciativa de universidades públicas e particulares, associações de pescadores e movimentos sociais, a Universidade do Mar, vai reunir pesquisadores e trabalhadores na ampliação dos conhecimentos e no desenvolvimento sócio ambiental da Baia de Guanabara.

O campus avançado será o arquipélago de Paquetá, que inclui também a Ilha de Brocoió, no fundo da Baía de Guanabara.

O projeto, lançado nesta sexta-feira, durante a Festa Literária de Paquetá, a Flipa, já conta com 23 departamentos e laboratórios de universidades, além de outras instituições apoiadoras como a Fiocruz e é capitaneado pela Associação de Moradores de Paquetá, a Morena, o movimento Baía Viva e a Faculdade de Oceanografia da Uerj.

O ambientalista Sergio Ricardo, do Movimento Baía Viva, explica que o projeto surgiu também para reparar um gargalo que existe entre a produção acadêmica e as políticas públicas para a Baia de Guanabara.

Os pesquisadores querem aproveitar instalações públicas que já existem em Paquetá, algumas em situação de abandono, como o Solar Del Rei, e o próprio Palácio Brocoió, que pertence ao governo do estado e é pouco conhecido até mesmo da população do Rio de Janeiro.

Sergio acrescenta que a ideia é que a universidade do Mar aporte também para a formação de trabalhadores locais e contribua para o desenvolvimento de outra vocação do Rio, o turismo sócio-ambiental.

As organizações que idealizaram o projeto defendem que a Universidade do Mar seja vinculada à Uerj, que já tem expertise na área por meio da Faculdade de Oceanografia.

A iniciativa busca também recursos para as atividades. Além dos projetos de extensão das universidades, uma possibilidade, em diálogo com o Ministério Público do Estado do Rio, é a destinação dos valores resultantes de Termos de Ajustamento de Conduta de grandes empreendimentos para a Universidade do Mar.