Pesquisadores dos Estados Unidos e da Europa divulgaram imagens inéditas e bastante próximas do Sol. O material foi produzido a partir da sonda Solar Orbiter, que se aproximou da nossa estrela no mês passado. O lançamento da nave foi feito no dia 9 de fevereiro, em um trabalho conjunto entre duas agências espaciais: a ESA, européia, e a Nasa, dos Estados Unidos.

A Solar Orbiter começou a transmitir imagens reveladoras ainda enquanto testava os equipamentos de visualização de raios ultravioletas extremos. A missão foi a que mais se aproximou do Sol e revelou detalhes ainda desconhecidos.

Os pesquisadores se empolgaram e comemoraram o que chamaram de “excelente começo” e o nível de detalhe. Isso porque não esperavam resultados tão bons e tão cedo. Entre as imagens que mais chamaram a atenção dos cientistas estavam fogueiras na superfície solar, com dimensões até 1 bilhão de vezes menores do que as já observadas.

Essas fogueiras tomam conta de toda a superfície da estrela e, agora, o desafio é descobrir o que são elas. A principal hipótese é que sejam mini explosões que aquecem a atmosfera externa do Sol ou a coroa solar, criando um calor até 300 vezes maior que o observado na superfície do Sol.

Além de registrar o fenômeno, caberá à Solar Orbiter confirmar ou descartar essa hipótese. A pesquisa pretende compreender como funcionam as diferentes camadas da atmosfera solar e a influência da estrela na Terra e no Sistema Solar.

A sonda também conseguiu reduzir em 1 trilhão de vezes o brilho do Sol. Ao observar o espaço dessa forma, a Solar Orbiter identificou reflexos da luz solar na poeira interplanetária. É a chamada luz zodiacal. Essa descoberta será importante para estudar os ventos solares.

As imagens estão disponíveis nas páginas da Nasa e da ESA na internet.