O presidente Michel Temer decidiu exonerar temporariamente todos os ministros que têm mandato de deputado federal ou ocupam posição de liderança partidária.

A medida deve afastar pelo menos 13 ministros, que serão renomeados após a votação da Proposta de Emenda à Constituição da Reforma da Previdência na Câmara.

A decisão foi anunciada após uma reunião de mais de duas horas entre Temer e 16 ministros, incluindo a equipe econômica e o núcleo político do governo.

O ministro-chefe da Secretaria de Governo, Antônio Imbassahy, explicou que a estratégia é reforçar a base de apoio do governo na Câmara.

Ao ser perguntado se a exoneração de ministros demonstrava fragilidade por parte do governo, Imbassahy negou.

Enquanto o presidente Michel Temer se reunia com os ministros, o PSB, partido da base aliada, decidia fechar questão contra as reformas trabalhista e da Previdência. O ministro da Educação, Mendonça Filho, acredita que a bancada do PSB não vai influenciar outros deputados.

Um dos ministros que será exonerado é Fernando Coelho Filho, de Minas e Energia. Ele é deputado eleito pelo PSB e, de acordo com Antônio Imbassahy, Fernando Coelho se posicionou a favor das reformas.

Já na saída dos ministros, uma repórter perguntou se alguém pode ser punido se não conseguir aumentar o apoio às propostas do governo. O ministro da Secretaria de Governo, Antonio Imbassahy, respondeu.

De acordo com Imbassahy, os secretários-executivos de cada ministério vão substituir os ministros durante o afastamento temporário. E o presidente Temer determinou que os demais ministros do governo evitem viajar, para dialogar com os deputados.

De Brasília, Victor Ribeiro.