Quatro presos na Operação Ponto Final, que investiga um esquema de corrupção envolvendo as empresas de ônibus do Rio de Janeiro foram beneficiados por habeas corpus e devem deixar a prisão.

São eles Cláudio Sá Garcia de Freitas, Marcelo Praça Gonçalves, Enéas da Silva Bueno e Octacílio de Almeida Monteiro. A decisão foi tomada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes, na noite desse sábado (19).

Eles estavam presos desde 3 de julho e terão de entregar os passaportes à Polícia Federal, não poderão entrar em contato uns com os outros, nem sair de casa à noite e aos fins de semana.

Ontem, pela manhã, o empresário do setor de ônibus Jacob Barata Filho e o ex-presidente da Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro, Lélis Marcos Teixeira, deixaram a prisão, também por causa da habes corpus concedido por Gilmar Mendes.

O ministro é padrinho de casamento da filha de Jacob Barata. Mas, em nota, Gilmar Mendes afirma que não tem relação pessoal com o empresário e por isso não se sente impedido de julgar ações que envolvam Barata.

A Operação Ponto Final é um desdobramento da Lava Jato no Rio e rastreou o pagamento de propinas a políticos e agentes públicos entre 2010 e 2016. Os empresários de transporte público contribuíam para uma “caixinha da propina”, que era repassada aos políticos.