Em respostas enviadas à PF, Temer nega favorecimento a empresa do setor portuário

Em respostas enviadas à PF, Temer nega favorecimento a empresa Rodrimar

Publicado em 19/01/2018 00:44 Por Victor Ribeiro - Brasília

Nas respostas enviadas à Polícia Federal, nessa quinta-feira (19), o presidente Michel Temer negou qualquer favorecimento à empresa Rodrimar, por meio do Decreto dos Portos. O presidente afirmou não ter recebido doações, contabilizadas ou não, de empresas do grupo Rodrimar.

Temer negou ter pedido para que o ex-deputado e ex-assessor dele Rodrigo Rocha Loures, o empresário João Batista Lima Filho ou o amigo e também ex-assessor do presidente José Yunes recebesse em nome dele valores em retribuição à edição do decreto. E classificou as perguntas como agressivas, desrespeitosas, impertinentes e ofensivas.

Além de Temer, são investigados no mesmo inquérito Rodrigo Rocha Loures e os empresários Antônio Celso Grecco e Ricardo Mesquita, donos da Rodrimar, empresa que atua no Porto de Santos. Nas 50 respostas enviadas, o presidente também disse não conhecer Ricardo Mesquita.

Além disso, afirmou que encontrou Antônio Grecco na festa de um amigo e que o empresário não fez nenhum pedido a ele. O interrogatório foi solicitado pelos delegados responsáveis pelo caso e autorizado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luis Roberto Barroso, que é o relator da investigação.

Após a abertura do inquérito, em setembro do ano passado, a Rodrimar S/A declarou que nunca recebeu qualquer privilégio do Poder Público e que o decreto atendeu a uma reivindicação de todo o setor de terminais portuários do país. Desde o começo das investigações, o Palácio do Planalto afirma que o Decreto dos Portos foi assinado após um longo processo de negociação entre o governo e o setor portuário.

* Com informações de Marcelo Brandão, da Agência Brasil

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