Cabral reafirma que não é corrupto e dinheiro recebido de Rei Arthur seria caixa dois

Cabral reafirma que não é corrupto e dinheiro recebido de Rei Arthur seria caixa dois

Publicado em 14/08/2018 11:43 Por Fabiana Sampaio - Rio de Janeiro

Em novo depoimento nessa segunda-feira (13), o ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral reafirmou que os US$ 10 milhões em conta aberta por doleiros, em paraíso fiscal, sejam propina paga a ele.


Mais uma vez, o ex-governador admitiu que fez uso de caixa 2 em campanhas dele e de outros políticos. Cabral foi interrogado pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal, em processo da Operação Unfair Play, desdobramento da Lava Jato no Estado.


O ex-governador afirmou que o empresário foragido Arthur Soares, conhecido como Rei Arthur, o ajudou em campanhas eleitorais de 2002 a 2010.


Cabral ressaltou que quando assumiu o governo já detinha contratos de serviços com as gestões anteriores. O ex-governador estima ter recebido cerca de R$ 5 milhões em caixa 2, de Rei Arthur.


Ele reafirmou que não é corrupto e que jamais solicitou algo condicionado ao recebimento de alguma vantagem no governo.


O ex-secretário de Saúde Sérgio Côrtes também foi interrogado e afirmou que Rei Arthur foi apresentado a ele como o maior doador da campanha de Cabral.


Côrtes disse que o ex-governador recomendou cuidado e carinho com os diversos contratos que o empresário tinha na secretaria. Segundo ele, editais foram elaborados com direcionamentos para beneficiar as empresas de Arthur.


Ele confirmou ter recebido propina em depósito no exterior, mas negou que o empresário tenha feito pagamentos para obras em sua casa.


Também prestou depoimento nessa segunda-feira (13), Eliane Pereira Cavalcante. Ex-sócia de Rei Arthur, Eliane conseguiu a liberdade dois meses após ter sido presa, em setembro do ano passado.


Ela negou ao juiz Bretas que estivesse mantendo contato com Rei Arthur, que tem casa em Miami, nos Estados Unidos.


O processo da Operação Unfair Play apura suposto esquema de corrupção para a compra de votos na escolha do Rio como sede dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2016.

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