Após tumulto entre motoristas de aplicativo e taxistas, vereadores do Rio adiam análise de projeto

Vereadores adiam análise de projeto com regras para transporte por aplicativo

Publicado em 11/10/2019 13:57 Por Fabiana Sampaio - Rio de Janeiro

Terminou em tumulto a tentativa da Câmara dos Vereadores do Rio de votar, em primeira discussão, nessa quinta-feira (10), um projeto de lei complementar que regulamenta o transporte de passageiros por aplicativo, no município.

Taxistas e motoristas de aplicativo travaram uma batalha verbal nas galerias do plenário.

Do lado de fora, houve xingamentos e agressões. Policiais jogaram bombas de gás lacrimogêneo para dispersar os manifestantes. Desde o início, o clima já era tenso na praça da Cinelândia, onde fica o prédio da Câmara. O local foi tomado por dezenas de táxis estacionados.

Os motoristas de aplicativos se concentraram ao lado do prédio. Os protestos causaram impactos no trânsito da região durante todo o dia.

Quando a sessão chegou ao final, sem quórum mínimo para a votação, os representantes de aplicativo, como Uber e 99, comemoraram do lado de fora, atraindo a ira dos taxistas, que, em número bem superior, queriam a aprovação do projeto. Pedras e garrafas foram arremessadas.

O projeto de lei endurece as regras para o transporte privado individual, com novas exigências para as empresas e os motoristas de aplicativo. Entre as mais polêmicas estão a idade máxima de quatro anos para os veículos, restrição para que apenas circulem carros emplacados no município do Rio e a limitação do número de carros autorizados a trabalhar na cidade.

A maior queixa dos taxistas se refere à perda de passageiros. A categoria afirma que perdeu cerca de 50% do faturamento, desde que a nova modalidade de transporte privado começou a rodar na cidade, como conta Ricardo Telles, que é presidente de uma cooperativa.

Já os motoristas de aplicativo avaliam que as mudanças podem inviabilizar o serviço. Felipe Cavalcanti, integrante do Instituto Ponta a Ponta, que representa motoristas, afirma que a proposta é absurda em um estado falido, que não tem emprego.

O projeto, que tem entre seus autores o próprio presidente da Câmara, vereador Jorge Felippe (MDB), volta à discussão na próxima terça-feira (15).

* Com informações da Agência Brasil

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